A Praça da Figueira e o Parque Tejo, junto à Ponte Vasco da Gama, são dois dos mais reconhecidos lugares de reunião da crescente comunidade de praticantes de skate na capital portuguesa. Há outros locais, claro, mas estes serão os mais visíveis, pelo menos para quem se limita a observar de fora, como fez para O Corvo a fotógrafa Paula Ferreira. Na verdade, e dando expressão à contingência demográfica resultante de esta ser uma actividade praticada sobretudo pelos jovens, os pontos onde se concentram mais skaters até são mais numerosos e importantes na periferia de Lisboa. Mas, tal como noutras coisas, quando se querem encontrar, muitos deles descem à cidade. Algumas vezes, serpenteando entre o trânsito automóvel, como acontece na Avenida Almirante Reis.
Se o espaço do Parque Tejo foi o primeiro a ser concebido de raiz na capital – depois do skate park de Pedrouços (1996) – para que os praticantes da modalidade pudessem dele usufruir em pleno, já na Praça da Figueira a presença dos skaters nem sempre foi bem aceite pelas autoridades. Apesar de o embasamento poente da estátua equestre de Dom João I ser, há muito, local de prática e encontro da comunidade, ainda há poucos anos a Polícia Municipal a importunava, com justificações legalistas. Esses dias já lá vão e é agora pacífica a presença desta espécie de surfistas das superfícies urbanas. Por moda, por convicção espiritual, por mero comportamento grupal ou sem pensar muito sobre isso, eles continuam a tornar mais estimulante o cenário que é Lisboa.
Fotografias: Paula Ferreira
[O Corvo] Os skaters de Lisboa https://t.co/ob4a2SSyYW #lisboa
piso escavacado. vão brincar para a porcalhota!
Os skaters de Lisboa https://t.co/UfiTdBsL8m
Nada me move contra esta prática de desporto urbano e até elogio as autarquias que se dignaram construir infraestruturas para o efeito. O local acima retratado, já se tornou um ponto de encontro destes jovens praticantes e já fazem parte do ambiente local.
No entanto, há situações que merecem o reparo da comunidade e, especificamente, o meu, no caso que passo a relatar:
Ontem, cerca das 18:30 fui passear junto da Torre de Belém e, ao passar junto do Monumento aos Combatentes, deparei-me com quatro jovens skaters cujo entretenimento era lançarem-se sobre a placa triangular que se pode ver em primeiro plano.
Não me restringindo ao facto de poderem danificar as letras que são salientes, obviamente que o que mais me incomodou foi a falta de respeito pelo local e o significado que o mesmo tem para toda uma geração que é a minha.
Ali, estão gravados nomes de alguns amigos, no meio de milhares que não tiveram a oportunidade de sobreviver a uma guerra que lhes ceifou a vida com a mesma idade destes skaters que, provavelmente, não sabem que os únicos “brinquedos” que, à data, tinham era uma enxada com que amanhavam os campos e uma G-3 que lhes puseram nas mãos…
Repito, e que fique bem claro, que nada tenho contra esta prática desportiva, apenas apelo a que haja mais respeito pela nossa memória colectiva e por aqueles que, jovens como estes skaters, morreram pela Pátria.
E a guarda de honra que lá costuma estar, nada fez?
Nada me move contra esta prática de desporto urbano e até elogio as autarquias que se dignaram construir infraestruturas para o efeito. O local acima retratado, já se tornou um ponto de encontro destes jovens praticantes e já fazem parte do ambiente local.
No entanto, há situações que merecem o reparo da comunidade e, especificamente, o meu, no caso que passo a relatar:
Ontem, cerca das 18:30 fui passear junto da Torre de Belém e, ao passar junto do Monumento aos Combatentes, deparei-me com quatro jovens skaters cujo entretenimento era lançarem-se sobre a placa triangular que se pode ver em primeiro plano.
Não me restringindo ao facto de poderem danificar as letras que são salientes, obviamente que o que mais me incomodou foi a falta de respeito pelo local e o significado que o mesmo tem para toda uma geração que é a minha.
Ali, estão gravados nomes de alguns amigos, no meio de milhares que não tiveram a oportunidade de sobreviver a uma guerra que lhes ceifou a vida com a mesma idade destes skaters que, provavelmente, não sabem que os únicos “brinquedos” que, à data, tinham era uma enxada com que amanhavam os campos e uma G-3 que lhes puseram nas mãos…
Repito, e que fique bem claro, que nada tenho contra esta prática desportiva, apenas apelo a que haja mais respeito pela nossa memória colectiva e por aqueles que, jovens como estes skaters, morreram pela Pátria.
«… é agora pacífica a presença desta espécie de surfistas das superfícies urbanas” ? Se é não devia ser. Vão lá ver bem o estado em que está o piso da base da estátua do D. João I, aproveitem e vão até ao Terreiro do Paço ver o que estão a fazer ao piso e aos bancos. Qualquer dia tomam conta dos Restauradores (também já lá os vi), da Sé e dos Jerónimos e depois quero ver se dizem a mesma coisa. Querem praticar skate, estejam à vontade, mas pratiquem-no em sítios adequados, não junto a monumentos nem em zonas históricas.
Realmente as pessoas continuam a dizer mal de tudo o que podem.
Se em x de se preocuparem com os “danos” que os skaters fazem ao piso das ruas de Lisboa, porque não preocuparem se antes em saber a razão pela qual pagamos todos taxas de saneamento elevadíssimas e as ruas estão sempre sujas? Porque razão não cobra a CML uma taxa per diem aos turistas, esses sim, que usam e abusam acabando por desgastar mais a nossa cidade?
Se todos os nosso problemas fossem os “danos” causados pelos skaters!!!
Cambada de Velhos do Restelo.
Estes tipos partem o pavimento.
É UMA VERGONHA O ESTADO DO PISO.
Excellent photos of Lisbon #skateboarders by @PaulaFerreira on @ocorvo_noticias https://t.co/ZQ9olkOEMz