Costa apresentou candidatura junto a esquecido Pavilhão de Portugal

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Mário de Carvalho

Texto

David Clifford

Fotografia

VIDA NA CIDADE

Cidade de Lisboa
Parque das Nações

19 Julho, 2013

A pala do Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, foi local escolhido por António Costa para apresentar a sua recandidatura à Câmara Municipal de Lisboa, e para lançar algumas farpas ao governo de Passos Coelho. Apesar de classificado como Monumento de Interesse Público, depois da Expo 98, o espaço ficou ao abandono. Prevalece a indefinição sobre o que fazer com o edifício desenhado por Siza Vieira, tendo ao longo dos anos sido elaboradas várias propostas para o seu reaproveitamento. Elas incluíram ideias que vão da sua utilização como local para sede do Conselho de Ministros até a um Museu de Arquitetura.

 

Ontem, o local estava cheio de personalidades que ali se deslocaram para endereçar o seu apoio à recandidatura de António Costa à liderança da autarquia. Nenhuma das intervenções se referiu ao estado de praticamente abandono em que se encontra o Pavilhão de Portugal, onde já são notórias algumas brechas, manchas de humidade e mosaicos de pedra partidos. O lugar serve ainda, durante a noite, de “alojamento” a alguns sem-abrigo.


 

“Os lisboetas vão decidir se querem continuar uma política que foi capaz de equilibrar as contas, fazer obra, valorizar a participação, dinamizar a economia e promover a solidariedade e os direitos sociais ou se querem trazer também para Lisboa as políticas que no governo nacional só têm agravado a crise, promovido o desemprego, desprezado a cultura e empobrecido as famílias e as empresas”, disse o candidato António Costa, sustentando: “no governo da cidade há uma política alternativa àquela que tem sido seguida no governo do país”.

 

Perante uma assistência onde se destacavam figuras como Mário Soares, Jorge Sampaio, Manuel Alegre, Jaime Gama Almeida Santos, Manuela Eanes, Carlos César, Júlio Pomar ou Gonçalo Ribeiro Telles, o recandidato à autarquia alfacinha não deixou de se referir à atualidade política, salientando que, “perante o que assistimos no País, é essencial que Lisboa se mantenha um referencial de estabilidade”.

 

Junto ao Pavilhão de Portugal, projetado pelo arquiteto Siza Vieira, que recentemente sugeriu a sua demolição devido ao estado de degradação em que se encontra, António Costa sublinhou que a política que desenvolveu como presidente de autarquia demonstrou que “há uma alternativa de rigor ao culto da austeridade”.

 

O fadista Carlos do Carmo, mandatário da campanha de António Costa, com ironia disse que “mais uma vez” está num “sarilho” ao aceitar o desafio que pela segunda vez o candidato lhe lançou.

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