O adeus d’O Corvo

O adeus d’O Corvo

O Corvo cessa hoje a sua publicação. O fim chega por não termos conseguido encontrar forma de garantir a sustentabilidade financeira indispensável à continuidade do jornal. Apesar dos esforços desenvolvidos desde o início do projecto, a 1 de Março de 2013, e com especial vigor nos últimos dois anos, após o renovado impulso nascido de uma reconfiguração do capital da empresa, esgotámos a capacidade para continuar a fazer jornalismo independente de qualidade. É uma fase que termina. Outras portas se poderão abrir. As grandes cidades são mutantes por definição. E Lisboa é especial.
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Bairro do Calhau, uma comunidade isolada do resto de Lisboa e onde os habitantes se sentem esquecidos

Bairro do Calhau, uma comunidade isolada do resto de Lisboa e onde os habitantes se sentem esquecidos

Longe do alvoroço do coração da cidade, em São Domingos de Benfica, há um bairro isolado da restante freguesia, de tal forma que os moradores se sentem abandonados. O aglomerado nasceu do processo de realojamento dos moradores de um núcleo de barracas no início da década de 80. Mas, desde então, pouco ou nada foi feito na reabilitação e manutenção do património municipal, queixam-se os moradores, na sua maioria idosos. Em 2013, a mercearia e o posto de cuidados médicos básicos encerraram, deixando os residentes sem um único serviço público básico.
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Degradação de passadiço no Parque das Nações pode pôr em risco segurança de utilizadores, alertam ex-autarcas

Degradação de passadiço no Parque das Nações pode pôr em risco segurança de utilizadores, alertam ex-autarcas

Associação de moradores e empresários daquela zona de Lisboa diz existir perigo de ruptura na estrutura, devido à corrosão generalizada do metal e a fracturas na base em betão. O antigo presidente da junta, José Moreno, garante que a Câmara de Lisboa tem conhecimento da situação desde Janeiro de 2016, depois de uma vistoria à infraestrutura, feita pela autarquia por ele então dirigida.
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Existe uma história cosmopolita de Lisboa para ver no museu da cidade

Existe uma história cosmopolita de Lisboa para ver no museu da cidade

Cristãos, judeus, muçulmanos, africanos e europeus, todos eles contribuíram muito para a construção da imagem da cidade. O Palácio Pimenta, sede do Museu de Lisboa, acolhe a exposição “Convivência(s). Lisboa Plural. 1147-1910”, para mostrar o papel destas comunidades, disseminado ao longo da história, que viveram em Lisboa entre a Idade Média e a I República. É uma exposição sobre a construção da cidade, “tão complexa e multifacetada como ainda é hoje”.
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Nos terminais fluviais de Terreiro do Paço e Barreiro, há centenas de utentes a desesperarem para entrar no barco

Nos terminais fluviais de Terreiro do Paço e Barreiro, há centenas de utentes a desesperarem para entrar no barco

Vários barcos, que ligam Lisboa ao Barreiro, começaram a ser suprimidos em meados de Maio, muito por culpa de uma greve dos mestres da Soflusa. Esta semana, a situação agravou-se. As ligações fluviais falham várias vezes e ininterruptamente, nas horas de maior afluxo, deixando centenas de utentes retidos nos terminais. As pessoas amontoam-se, algumas caem e outras, desesperadas, saltam e partem os vidros das cancelas para entrarem no cais de embarque. “É a guerra do mais forte, estamos todos pressionados como sardinhas”, critica uma passageira.
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Ambiente. Em destaque

Mobilidade. Em destaque

Urbanismo. Em destaque

Vida na Cidade. Em destaque

Portfólio.  Muitas vezes, o que se passa na cidade pode ser melhor descrito em fotografias. Ei-las

Portfólio

Uma visita aos bastidores do Teatro São Luiz no momento em que comemora 125 anos

Uma visita aos bastidores do Teatro São Luiz no momento em que comemora 125 anos

Comemoram-se a 22 de Maio os 125 anos da inauguração do então chamado Theatro D. Amélia. Nessa data, em 1894, abria portas na antiga rua do Tesouro Velho - desde 1907 denominada António Maria Cardoso –, e em terrenos propriedade da Casa de Bragança, o resultado do desejo expresso, dois anos antes, pelo actor Guilherme da Silveira. A fotógrafa Paula Ferreira teve permissão para, por momentos, penetrar nos meandros do Teatro São Luiz e registar para O Corvo o que a sua lente captou ...

Galeria de Vídeos. 

O Corvo nasce da constatação de que cada vez se produz menos noticiário local. A crise da imprensa tem a ver com esse afastamento dos media relativamente às questões da cidadania quotidiana.

O Corvo pratica jornalismo independente e desvinculado de interesses particulares, sejam eles políticos, religiosos, comerciais ou de qualquer outro género.

Em paralelo, se as tecnologias cada vez mais o permitem, cada vez menos os cidadãos são chamados a pronunciar-se e a intervir na resolução dos problemas que enfrentam.

Gostaríamos de contar com a participação, o apoio e a crítica dos lisboetas que não se sentem indiferentes ao destino da sua cidade.

Samuel Alemão
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