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Cooperação Internacional


Governança do Espaço Europeu de Investigação


O Espaço Europeu de Investigação (ERA, na sigla inglesa) foi lançado em 2000, no contexto da Estratégia de Lisboa, com o propósito de abordar o problema da fragmentação dos sistemas de Investigação & Inovação europeus. O ERA pretende assim constituir-se como uma área unificada para a investigação, promovendo a livre circulação de investigadores, de conhecimento científico e de tecnologia dentro da União Europeia, e contribuindo ainda para a competitividade da indústria europeia através da ciência e da inovação.


Agenda Política ERA 2022-24

Em setembro de 2020, a Comissão Europeia adotou uma Comunicação sobre a renovação do ERA que foi objeto de Conclusões do Conselho nas quais se afirma que o novo ERA deveria consubstanciar-se numa visão conjunta que garantisse o papel da I&I enquanto tal e também na conceção e implementação de políticas setoriais relevantes, bem como o intensificar de ações concretas em matéria de I&I, o incremento do compromisso político e a potenciação de instrumentos de financiamento existentes na prossecução de uma agenda comum. Os objetivos do novo ERA serão:

  • investimento em I&I para um futuro verde e digital;
  • melhoria do acesso a infraestruturas e instalações para investigadores;
  • apoio à mobilidade e desenvolvimento de competências e oportunidades de carreira para os investigadores;
  • promoção da igualdade e da diversidade de género; promoção das práticas de ciência aberta.

Em julho de 2021, a Comissão Europeia apresentou uma Recomendação para um Pacto para a I&I na Europa cujo objetivo principal era o de promover uma maior integração das políticas nacionais de I&I na UE com base na definição de princípios e de valores associados a áreas de ação conjunta em combinação com a mobilização de reformas e investimentos nacionais. Em novembro de 2021, esta Recomendação foi aprovada pelo Conselho da UE, juntamente com as respetivas Conclusões sobre a futura governança do ERA.

O último capítulo das Conclusões do Conselho veio a versar sobre a coordenação política, compreendendo a definição de uma Agenda Política ERA (traduzindo ações voluntárias ao nível da União e dos Estados-Membros no contexto das prioridades identificadas no Pacto) e um mecanismo de monitorização e acompanhamento (constituído por uma plataforma em linha dedicada ao ERA, por um painel de avaliação com indicadores para medição do progresso e por diálogos políticos regulares).

Em termos de governança, as Conclusões do Conselho reafirmam o papel do Comité para o Espaço Europeu de Investigação e Inovação (ERAC, na sigla inglesa) como o comité consultivo conjunto de política estratégica de alto nível (prestando aconselhamento prévio ao Conselho, à Comissão e aos Estados-Membros sobre questões estratégicas de política de I&I), reconhecendo também o papel do recém-criado Fórum ERA.

As Conclusões do Conselho sobre a futura governação do ERA definem o Fórum ERA e os seus subgrupos como um órgão único (unitário) de coordenação da implementação da Agenda Política ERA, reconhecendo três estruturas de governação ou subgrupos e um subgrupo permanente criado pelo Fórum ERA.

    • O ESFRI é um fórum onde os Estados-Membros, a Comissão Europeia e os Países Associados estabelecem estratégicas de coordenação das infraestruturas de investigação europeias. O ESFRI é responsável pela criação, atualização e monitorização do Roteiro ESFRI, onde são identificadas infraestruturas de investigação de interesse europeu nas diversas áreas científicas, criando assim uma orientação clara para as políticas públicas de financiamento a estas infraestruturas. Para obter mais informação, visite a página do sítio da FCT dedicada ao ESFRI.
    • Delegada Nacional:
    • Marta Abrantes (FCT)
    • Garantir uma plataforma de dados de investigação comum, onde a informação é pesquisável, acessível, interoperável e reutilizável é o objetivo final da European Open Science Cloud (EOSC), permitindo a promoção de uma ciência “interdisciplinar e impactante no contexto da era digital”.
    • Delegado Nacional:
    • João Moreira (FCCN)
    • A missão do grupo é aconselhar a Comissão na implementação do processo de coordenação estratégica para as parcerias de I&I da UE e proporcionar um fórum de coordenação e cooperação com os Estados-Membros e partes interessadas. O grupo contribuirá para assegurar uma supervisão estratégica da carteira de parcerias e do progresso feito pelas Parcerias Europeias na concretização de objetivos ambiciosos e na maximização do impacto dos investimentos conjuntos realizados através das parcerias.
    • Delegado Nacional:
    • Gonçalo Zagalo (FCT)
    • As tarefas do subgrupo consistem no aconselhamento aos serviços da Comissão sobre a conceção, implementação e avaliação de abordagens e ações de cooperação internacional em I&I, bem como em estabelecer a coordenação entre a Comissão e os Estados-Membros e as partes interessadas e trocar experiências e boas práticas no domínio da cooperação internacional em I&I, inclusivamente ao nível multilateral. O subgrupo é copresidido por um Estado-Membro e pela Comissão e dará continuidade ao trabalho realizado pelo Fórum Estratégico para a Cooperação Internacional em Ciência e Tecnologia (SFIC).
    • Delegado Nacional:
    • Gonçalo Zagalo (FCT)

Roteiro ERA 2015-2020

Antecedendo a renovação do ERA para o binómio 2022-24, a fase anterior do ERA, que decorreu entre 2015 e 2020, identificou seis prioridades para as políticas públicas europeias:

  • Sistemas nacionais de investigação mais eficazes.
  • Cooperação e competição transnacional, incluindo coordenação de infraestruturas de investigação.
  • Um mercado de trabalho aberto para investigadores.
  • Igualdade de género e questões de género em investigação.
  • Acesso e inovação abertos, incluindo transferência de conhecimento.
  • Cooperação internacional.

Para acompanhar esta evolução foi criado o ERAC, um órgão de aconselhamento ao Conselho, à Comissão e aos Estados-Membros sobre o Espaço Europeu de Investigação, as suas prioridades e a sua governança. No âmbito do roteiro 2015-2020, o ERAC possuia duas configurações específicas, três grupos de trabalho permanentes, articulando-se também com o Fórum Estratégico Europeu para as Infraestruturas de Investigação (ESFRI, na sigla inglesa), constituído antes do ERAC, mas posteriormente inserido na estrutura de governança do Espaço Europeu de Investigação.

Nas ligações seguintes são apresentados os grupos de trabalhos permanentes e os fóruns estratégicos em que a FCT, em conjunto com outros atores do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, assegurou a representação de Portugal no ERAC durante 2015-2020:

    • Aconselhamento da Comissão Europeia e do Conselho sobre a promoção da cooperação e o alinhamento de estratégias em I&D entre Estados-Membros, com o objetivo de superar os desafios societais europeus, originando o conceito de Programação Conjunta.
    • Delegado Nacional:
    • Gonçalo Zagalo (FCT)
    • Recolha e sistematização da informação sobre as iniciativas de cooperação internacional dos vários Estados-Membros, e análise das características e capacidades dos sistemas científicos e tecnológicos de países terceiros, com vista a aconselhar a Comissão Europeia e o Conselho no estabelecimento de novas colaborações internacionais.
    • Delegados Nacionais:
    • Maria João Maia (FCT)
    • Ana Quartin (FCT)
    • Aconselhamento prospetivo na conceção e implementação de políticas e iniciativas relacionadas com a Ciência e a Inovação Aberta, promovendo o acesso e a circulação do conhecimento científico, e a sua utilização para investigação e inovação, sendo os temas em discussão primordialmente abordados do ponto de vista dos utilizadores finais, sejam investigadores, instituições dedicadas à investigação ou educação, empresas, cidadãos ou a sociedade em geral.
    • Delegado Nacional:
    • António Bob Santos (Agência Nacional de Inovação)
    • Identificação e promoção da aprendizagem mútua sobre políticas e estratégias de promoção de igualdade de género na I&I, e ainda apoiar a recolha de dados desagregados por género para relatórios europeus, aconselhando e apoiando assim o trabalho da Comissão Europeia e do Conselho nesta área.
    • Delegados Nacionais:
    • Sofia Morgado (Faculdade de Arquitetura, Universidade de Lisboa)
    • Maria João Sequeira (FCT)
    • Apoio à implementação das políticas ligadas às carreiras de investigação e à mobilidade de cientistas na União Europeia, estando na origem de iniciativas como o Código de Conduta Europeu para o Recrutamento de Investigadores e o portal EURAXESS.
    • Delegados Nacionais:
    • Rui Munhá (FCT)
    • Gonçalo Zagalo (FCT)