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O sector do Espaço e a utilização de tecnologias, sistemas e dados espaciais em Portugal evoluíram substancialmente desde que Portugal se tornou membro da Agência Espacial Europeia (ESA) no final de 2000. A participação na ESA vem sendo promovida sobretudo pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, FCT, com a participação pontual do IAPMEI e da ANACOM, tendo possibilitado a criação e o crescimento de um conjunto de empresas e instituições científicas e tecnológicas. Estas entidades desenvolvem e disponibilizam soluções inovadoras para os complexos desafios científicos e tecnológicos que caracterizam os sistemas espaciais, tendo facilitado a educação e formação avançada de uma nova geração de jovens portugueses engenheiros, cientistas e empreendedores. As capacidades adquiridas foram também desenvolvidas graças a uma participação ativa nos Programas-Quadro de Investigação da União Europeia e nos programas Copérnico e Galileu, o que contribuiu para reforçar a cooperação com as comunidades cientificas e técnicas em toda a Europa.
Atualmente, o sector espacial atravessa mudanças profundas, observando-se simultaneamente uma integração crescente de tecnologias e serviços espaciais na vida quotidiana dos cidadãos e no desenvolvimento de negócios, assim como na difusão de sistemas educacionais. O investimento privado no sector espacial atingiu novos recordes nos últimos anos, alimentando um número crescente de pequenas empresas de base científica que se constituem num novo ecossistema empresarial (i.e., “New Space”).
Tendo em conta todas as incertezas que caracterizam um sector que evolui tecnologicamente de tal forma acelerado, muitas regiões e países têm vindo a definir novas estratégias de posicionamento estratégico, de modo a influenciar investimentos futuros no sector espacial. Isto é tão mais verdade quanto este sector tem o potencial de afetar um vasto leque de atividades humanas a nível global.
É neste contexto que Portugal apresenta agora uma estratégia de investigação, inovação e crescimento que está alinhada com a sua localização geográfica e seu ecossistema científico e empresarial, mas também com a ambição de um novo posicionamento a nível internacional. Estabelece ainda o desenvolvimento e evolução dos quadros jurídico, financeiro, institucional, de internacionalização e cultural/educacional capazes de impulsionar o desenvolvimento do sector espacial em Portugal através de iniciativas de carácter nacional e da cooperação internacional para a próxima década.