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31.10.2019 - Está aberta a Chamada de Manifestação de Interesse para Bolsas de Estágios Tecnológicos para Engenheiros Associados no CERN – 2019 até às 17h00 (hora de Lisboa) do dia 30 de novembro de 2019.
O CERN foi criado em 1953 e, de acordo com a Convenção assinada pelos Membros Fundadores, o objetivo principal desta organização científica foi a "promoção e a colaboração entre Países Europeus na área da investigação fundamental no domínio da Física da Altas Energias (FAE), de modo a permitir à Europa a liderança nesse domínio". Desde então, o CERN é o maior laboratório de física de partículas do mundo, localizado na região noroeste de Genebra, na fronteira Franco-Suíça.
O CERN é financiado por vinte e três Estados Membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Israel, Itália, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Sérvia, Suécia e Suíça.
Chipre e Eslovénia são Estados Membros Associados em fase de pré-adesão. Também a Croácia, Índia, Lituânia, Paquistão, Turquia e Ucrânia têm estatuto de Estados Membros Associado.
Por sua vez, seis organizações internacionais e países possuem o estatuto de observador no Conselho do CERN: União Europeia, UNESCO, JINR, Japão, Rússia, e Estados Unidos. Atualmente, é o local de trabalho diário para aproximadamente 2.500 funcionários de várias culturas e nacionalidades a tempo inteiro, e ainda 12.200 cientistas e engenheiros visitantes provenientes de todo o mundo.
No CERN são utilizados os maiores e mais complexos instrumentos científicos para criar as condições necessárias na deteção e estudo dos constituintes básicos da matéria e da antimatéria, que vão possibilitar a demonstração das teorias fundamentais da física de partículas, e a descoberta dos princípios elementares da criação do mundo como o conhecemos. Para gerar essas condições, o CERN construiu e opera um conjunto de aceleradores de partículas, entre os quais o maior acelerador de partículas do mundo, o LHC. O LHC acelera 2 feixes de partículas a altas energias, que irão colidir em 4 pontos dentro do acelerador, onde estão instalados detetores de partículas de dimensões colossais, para registar os resultados destas colisões. Da ciência dos materiais às tecnologias de informação, da supercondutividade à geodesia de precisão, a física de partículas exige níveis de qualidade extremos, fazendo do CERN um importante banco de ensaio para domínios variados de inovação tecnológica.
A adesão de Portugal ao CERN foi assinada no ano de 1985, com início a 1 de janeiro de 1986. Como Estado-Membro, Portugal contribui anualmente para os custos anuais de operação da infra-estrutura (cerca de 1% do orçamento global da organização).
Durante as negociações com vista à adesão de Portugal, foi elaborado um Protocolo Administrativo que regula o apoio das autoridades portuguesas ao desenvolvimento da FAE e áreas análogas, nomeadamente através do financiamento de projetos de investigação geridos pela FCT. O benefício científico da participação nacional, tendo em atenção a participação da comunidade científica nacional da FAE nas atividades do CERN, é considerado excelente. Este benefício científico inclui a possibilidade de acesso de equipas portuguesas à participação nas experiências desenvolvidas no CERN. Em 2018, cerca de 106 investigadores estavam a participar em algumas das experiências ou programas de investigação do CERN, tais como CMS e ATLAS, instaladas no LHC. Os investigadores em Portugal ligados ao CERN formam equipas no domínio da física de partículas e física nuclear, e representam várias entidades a nível nacional (o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas - LIP, o Instituto Tecnológico e Nuclear e Universidades como Aveiro, Coimbra, Lisboa e Porto, entre outras). A participação destas equipas nacionais nas diversas experiências do CERN tem gerado centenas de publicações internacionais, apresentações em conferências internacionais e nacionais, e várias teses de mestrado e doutoramento. Aproximadamente outros 58 Portugueses (com formações em áreas diversas, como por exemplo, engenharia eletrónica, eletrotécnica, materiais e química, entre outras) têm contratos de trabalho permanentes em departamentos técnicos da organização.
Em setembro de 1996, Portugal e o CERN firmaram um protocolo de formação de recursos humanos, com o objetivo de promover a formação avançada de jovens licenciados portugueses, através de bolsas de estágio especializado que são atribuídas pela FCT. No âmbito deste protocolo, competiu à Agência de Inovação, até final de 2012, a implementação do programa de estágios, a seleção dos candidatos e o acompanhamento do trabalho desenvolvido pelos bolseiros.
Um novo protocolo foi assinado entre a FCT e o CERN, em dezembro de 2012, transitando para a FCT todas as anteriores competências relativas a este programa.
Os estágios, de duração mínima de um ano com possibilidade de renovação por mais um ano, são selecionados por domínios tecnológicos, dando especial atenção ao projeto, ao enquadramento pedagógico e à futura inserção dos bolseiros em empresas portuguesas orientadas à inovação.
Mais informação sobre os estágios tecnológicos pode ser consultada nesta ligação.
Para além do benefício científico e de formação avançada no seu país, como membros de pleno direito do CERN, todos os Estados Membros têm a possibilidade de obter o benefício industrial. O CERN é considerado um mercado tecnológico extremamente competitivo e exigente, entre os 23 Estados Membros que compõem a organização. Entre os fornecimentos de bens e serviços em áreas diversas como a (metalomecânica e mecânica de precisão, consultoria técnica e controlo de qualidade, eletrónica industrial, energia e engenharia de sistemas de energia, tecnologias de informação e comunicação, software, entre outras).
Informação sobre a unidade de compras e serviços industriais do CERN para o fornecimento de bens e serviços está acessível através da sua página oficial. Para qualquer dúvida ou esclarecimento sobre a ligação industrial entre Portugal e o CERN, contate o Agente de Ligação Industrial (ILO).