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Pergunta

Gostaria de colocar as seguintes questões sobre um caso real à qual a medicina não deu explicação:
- Em 1997 a minha filha, então com treze anos, teve um problema de saúde que se caracterizou pelo inchaço de ambas as pernas e vermelhidão. Pressupondo uma infecção, foi tratada com antibióticos, e um mês após o inchaço regrediu e deu lugar a um emagrecimento anormal das pernas.
O fenómeno foi caracterizado como uma atrofia dos tecidos adiposos subcutâneos, irreversível (foi afastada a hipótese de atrofia muscular). Foram efectuadas análises exaustivas sem que revelassem qualquer pista sobre a origem do sucedido.
Contudo, os avanços na genética parecem mostrar que qualquer tecido pode ser reproduzido, até em laboratório (perdoem-me se não estou certo).
Perguntas:
1. É ou não possível que o fenómeno tenha sido causado por qualquer agente estranho, como por exemplo uma dioxina, que tenha alterado o sistema imunitário do corpo?
2. É possível que esse agente estranho ainda permaneça no organismo, uma vez que não houve evolução dos tecidos?
3. Confirma-se que não há possibilidade de regeneração ou recuperação das células de gordura atrofiadas?

Resposta

Certos tipos de lipodistrofia, ou seja, aquilo que a filha parece apresentar, são de causa desconhecida, exceptuando-se, talvez, uma forma rara de diabetes mas que surge com a lipodistrofia mais cedo.
Não parece também haver relação entre a infecção dérmica surgida e a instalação de uma lipodistrofia.
As dioxinas podem acumular-se no tecido adiposo se não forem metabolizadas pelo fígado, mas larga maioria tem toxicidades muito elevadas que podem causar outro tipo de efeitos mais graves.
Poderia ser útil consultar um cirurgião da especialidade de cirurgia plástica e reconstrutiva para ouvir opinião.